A depressão no idoso é sempre um desafio para os médicos.
Tudo em depressão geriátrica é difícil. O diagnóstico é difícil. O tratamento é difícil. Os estudos são relativamente escassos.
Agora começa a parte “técnica” do texto. Mas se você não quiser ler, pule 4 casas e chegue ao último parágrafo.
Há muitas vezes um padrão diferente de sintomatologia que dificulta o diagnóstico nessa faixa etária. Os pacientes têm com frequência grande dificuldade em expressar as próprias emoções. Ao invés de manifestarem tristeza por meio de episódios recorrentes de choro, podem queixar-se de dores no corpo, cansaço ou insônia.
Testes sanguíneos, tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética são alguns dos exames que precisam ser solicitados. Além disso, o profissional médico precisa estar habilitado para detectar e interpretar os resultados desses exames.
Não é incomum que a resposta aos medicamentos seja insatisfatória. Pacientes idosos são mais vulneráveis ao efeitos colaterais e têm maiores taxas de recaídas.
(ÚLTIMO PARÁGRAFO) ⚠️ A boa notícia é que existem por aí diversos psiquiatras especializados em psiquiatria geriátrica. Somos muitos. Gostamos de dizer que depressão não é frescura e nem coisa normal da idade.